Os sintomas depressivos e ansiosos são responsáveis pela maior parte da procura por atendimento psiquiátrico ou psicológico.

Apesar de já acompanharem a humanidade há anos, observa-se atualmente que estes sintomas atingem uma quantidade muito grande de pessoas ao redor do mundo, sendo que os sintomas não escolhem classe social, gênero, nacionalidade, ou idade.

A ansiedade, como tal, dispensa apresentações…

Cada um de nós já experimentou essa sensação, ou estado afetivo, numa ou outra época da vida. A ansiedade pode ter sintomas similares ao medo e muitas vezes pode ser inclusive benéfica, tendo uma função importante para a sobrevivência e adaptação ao ambiente, ou para a tomada e colocação em movimento de decisões.

Existe também a ansiedade que sentimos quando algo que desejamos muito está para acontecer, neste caso até costumamos chamá-la de “boa” ansiedade, ou aquele “frio na barriga”. Por outro lado, em determinados casos ela pode adquirir uma intensidade e ou frequência que fogem ao controle, e causar grande sofrimento ou tornar-se um sintoma paralisante e incapacitante. Os sintomas ansiosos podem ser agrupados em alguns transtornos, mas uma mesma pessoa pode ter mais de um desses grupos de sintomas, simultaneamente ou ao longo do tempo durante a vida.

Fobias, ou transtornos fóbico-ansiosos

Nestes transtornos uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações nitidamente determinadas. São exemplos diversas situações: andar de avião, ficar parado no trânsito engarrafado, entrar no elevador, estar em ambientes com grande número de pessoas, a visão ou presença de determinados animais, ou que determinado animal faça algo, realizar determinado exame, estar em um ambiente fechado…

Estas situações são, pelo motivo de disparar ansiedade, evitadas ou suportadas com temor. As preocupações da pessoa podem estar centradas sobre sintomas individuais tais como palpitações ou uma impressão de desmaio, e frequentemente se associam com medo de morrer, perda do autocontrole ou de ficar louco. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. As pessoas que sofrem destes transtornos frequentemente vêem seu campo de circulação restringido pelos sintomas.

Transtorno de Pânico

A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem em uma situação ou circunstâncias determinadas, mas de fato são imprevisíveis. Os sintomas essenciais comportam a ocorrência brutal de palpitações e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de irrealidade. Esses sintomas são frequentemente acompanhados de sensação ou medo de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.

Este transtorno costuma causar grande perturbação na vida do paciente, tanto por conta da imprevisibilidade dos ataques, quanto pelo fato de os sintomas serem muito semelhantes a sintomas encontrados em condições orgânicas como patologias cardiovasculares, pulmonares ou gástricas por exemplo (sendo inclusive muitas vezes indicado o diagnóstico diferencial). Deste modo, é muito comum que os pacientes cheguem ao psiquiatra após longo percurso tendo passado em consultas e feito exames em diferentes especialidades.

Transtorno de Ansiedade Generalizada

Ansiedade generalizada e persistente, cujos sintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto na região acima do estômago. Medos de que o paciente ou um de seus próximos irá brevemente ficar doente ou sofrer um acidente são frequentemente expressos.

Transtorno obsessivo-compulsivo

É caracterizado essencialmente por ideias obsessivas ou por comportamentos compulsivos recorrentes. As ideias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos, que se intrometem na consciência da pessoa de modo repetitivo e costumam ser muito perturbadoras. A pessoa reconhece que se trata de seus próprios pensamentos, mas são estranhos à sua vontade e em geral desprazerosos.

Os comportamentos e rituais compulsivos são também atividades repetitivas e estereotipadas. A pessoa não tira prazer direto algum da realização destes atos; o comportamento compulsivo tem por finalidade prevenir algum evento objetivamente improvável, que ele tema que possa ocorrer.

A pessoa reconhece habitualmente o absurdo e a inutilidade de seu comportamento, e faz esforços repetidos para resistir-lhes, porém muita ansiedade é gerada quando a pessoa tenta resistir à sua atividade compulsiva.
Estes transtornos podem tornar-se muito graves e por vezes serem altamente incapacitantes.

O tratamento consiste em elaboração de diagnóstico e planejamento de uma estratégia terapêutica individualizada. Conheça mais sobre meu modo de trabalhar, clicando em “Tratamento em Psiquiatria” e “ Tratamento em Psicanálise.”